quinta-feira, 23 de outubro de 2014

A velhice no Brasil

A velhice no Brasil

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O que pensamos sobre o ato de envelhecer? Tememos a nossa própria verlhice? Se tememos a nossa própria velhice, tratamos as pessoas da terceira idade com descaso e desprezo por que elas nos denunciam o que nos tornaremos?
Estas importantes questões, devem iluminar o nosso imaginário em relação às reflexões que devemos fazer sobre a velhice no Brasil. Quando observamos a população que se encontra na terceira idade no nosso país, percebemos um grande desprezo do poder público em relação às necessidades desse segmento  da sociedade, bem como um tratamento muitas vezes humilhante por parte da sociedade civil.
No que diz respeito ao poder público, podemos observar problemas relacionados à mobilidade urbana, como vias inadequadas para a passagem de pessoas que já se encontram com dificuldades de se locomover; o transporte público precário, na maioria das vezes, lotado e desconfortável, etc. Na área da saúde, podemos observar a falta de hospitais e médicos para atender com dignidade e rapidez as necessidades das especificidades médicas dos idosos. Em relação à seguridade social, podemos dizer que o valor que tradicionalmente é pago aos aposentados não é suficiente para cobrir todas as necessidades materiais dos idosos.
E o que podemos dizer sobre a forma como a sociedade civil em geral trata os idososo? A simples observação que podemos fazer do comportamento das pessoas no transporte público já nos revela o desrespeito às pessoas da terceira idade em razão da Inobservância das regras de uso dos bancos preferenciais. O mesmo comportamento se repete em relação às vagas para idosos nos estacionamentos e nos caixas preferencias do  estabelecimentos comerciais.
Infelizmente, podemos notar que o idoso brasileiro não é tratado com o devido respeito e isto se deve muita vezes à falta de alteridade das pessoas. É preciso reconhecer em nós mesmos a possibilidade de envelhecer com sabedoria e com saúde. Tememos a velhice porque ela nos denúncia o que achamos que nos tornaremos: doentes e ultrapassados. Muito além disso, a terceira idade pode ser a melhor idade e a experiência dos idosos pode nos revelar importantes reflexões para a nossa vida.

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Pensar a velhice no Brasil é algo significativo é necessário, pois como podemos notar, a tendência de envelhecimento da população brasileira cristalizou-se mais uma vez na nova pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Os idosos --pessoas com mais de 60 anos-- somam 23,5 milhões dos brasileiros, mais que o dobro do registrado em 1991, quando a faixa etária contabilizava 10,7 milhões de pessoas. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (21) pela Pnad (Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílio).

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ATIVIDADE


Observações:

  1. Não se esqueça de colocar Nome, Número e série;
  2. Antes de enviar coloque "Perfil Anônimo";
  3. Observe o término do tempo programado para a atividade.
    Questões:
    1- O que você pensa sobre o tema "Envelhecer".
    2- A partir do que você leu explique como é a situação dos idosos no Brasil
 

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Filosofia política - 1º Ano Ensino Médio

Política e Poder

O conceito de política, na concepção moderna, está ligado às relações de poderes, tal como assinalou o filósofo italiano Noberto Bobbio. Assim, a política, segundo esta concepção, seria o processo de formação, distribuição e exercício do poder. Ao contrário da definição aristotélica que enfatiza o ideal, esta definição pretende ser uma descrição do real.

As três formas de poder:

Para entendermos o que é política, é necessário, também, analisarmos o que é o poder, haja vista que o conceito moderno de política está intimamente ligado com este.
Para o filósofo Bertrand Russell “Poder é a posse dos meios que levam aos efeitos desejados”. Em outras palavras, o indivíduo que detém os meios de poder torna-se capaz de exercer várias formas de domínio e, por meio delas, pode alcançar os efeitos que desejar.
O fenômeno do poder costuma ser dividido em duas categorias:
1- O poder do homem sobre a natureza, ou poder natural
2- O poder do homem sobre os demais homens, ou poder social.
A primeira forma de poder refere-se ao “poder” do homem de dispor de meios para manipular a natureza segundo seus interesses. Já o segundo, refere-se ao “poder” do homem de dispor de meios para alcançar os efeitos desejados em relação a outros homens. Constantemente estas duas categorias de poder entrelaçam-se, amalgamando-se numa grande e complexa teia de domínio que abarca o natural e o social.
Como acontecem, na prática, as relações de poder? Aquele que detém o poder, exerce-o, essencialmente, a partir de três meios, ou formas de poder, para alcançar os efeitos que deseja. Constituem-se as três principais formas de poder: o poder ideológico, o poder econômico e o poder político.
Poder Ideológico: utiliza a posse de certas ideias para influenciar a conduta alheia. Trata-se efetivamente de uma manipulação proposital do conhecimento com a intenção de induzir as pessoas a determinados comportamentos , modo de pensar e agir.
Poder Econômico: Utiliza a posse de certos bens socialmente necessários (terras e máquinas, por exemplo) para induzir aqueles que não os possuem a adotar determinados comportamentos, tal como a submissão a um determinado tipo de trabalho.
Poder Político: utiliza a posse dos meios de coerção social, isto é, o uso da força física considerada legal (autorizada por lei), pelo direito vigente.
“O que têm em comum essas três formas de poder é que elas contribuem conjuntamente para instituir e manter sociedades desiguais divididas em fortes e fracos, com base no poder político; em ricos e pobres, com base no poder político; em sábios e ignorantes, com base no poder ideológico. Em outras palavras, em superiores e inferiores”
Bobbio, Noberto. Estado, Governo, Sociedade.
Para uma teoria geral da política, p.83.


Filosofia Política: O Estado

O Estado


O estado é uma das mais completas instituições sociais criadas e desenvolvidas pelo homem ao longo da história. Muitos estudiosos procuraram compreender a realidade do Estado, mas foi o pensador alemão Max Weber quem elaborou uma das melhores definições, largamente conhecida e utilizada pelos cientistas sociais e políticos.
Segundo Weber, o Estado é a instituição política que, dirigida por um governo soberano, detém o uso da força física, em determinado território, subordinando a sociedade que nele vive.
Nem sempre o Estado existiu. Diversas comunidades, do passado e do presente, organizaram-se sem ele. Nelas não havia classes sociais e as funções políticas eram distribuídas pelo conjunto dos membros da comunidade.
Num determinado momento da história de algumas sociedades, com o aprofundamento da divisão social do trabalho, certas funções político-administrativas foram assumidas por um grupo separado de pessoas. Esse grupo passou a deter o poder de impor normas a vida coletiva, assim surgiu o governo, por meio do qual foi se desenvolvendo o Estado.

A função do Estado


Qual é a função do Estado em relação à sociedade? Dentre muitas respostas para essa pergunta, vamos apontar duas: uma fornecida pela corrente liberal, e a outra, pela corrente marxista.

A resposta Liberal:
O que “deve ser” o Estado

Para o pensamento liberal, a finalidade do Estado é agir como mediador dos conflitos entre os diversos grupos sociais, conflitos inevitáveis entre os homens. O Estado deve promover a conciliação dos grupos sociais, amortecendo os choques dos setores divergentes para evitar a desagregação da sociedade. A função do Estado é, portanto, a de alcançar a harmonia entre os grupos rivais, preservando os interesses do bem comum.

Para o filósofo John Locke, antes do Estado Civilizatório, todos os homens viviam sob um Estado de Natureza. Os homens nasciam com três direitos: à vida, à liberdade e à igualdade. Defendiam estes direitos com sua força e agilidade. Embora houvesse uma situação de paz, de quando em quando, o encontro de interesses divergentes gerava a guerra de todos contra todos. Para restabelecer a paz entre os homens, convencionou-se que seria melhor que os homens se organizassem em torno de um soberano que defenderia os direitos básicos de todos os homens, sobretudo, o direito à propriedade. Como o Estado teria surgido a partir de uma decisão consensual dos homens, qualquer ato do soberano que colocasse os direitos básicos dos indivíduos em perigo, justificaria uma ação revoltosa dos governados sobre os governantes. A partir dessa união dos homens em torno de um soberano, sob a regência de regras, surgiu o Estado, para John Locke.
Entre os pensadores liberais clássicos, destaca-se, também, Jacques Rousseau.

A resposta marxista
O que o Estado “é”

Para o pensamento marxista, fundado por Karl Marx e Friedrich Engels, Estado não é um simples mediador das lutas de classe. É uma instituição que interfere nessa luta de modo parcial (tendencioso), quase sempre tomando partido das classes sociais dominantes. Assim, a função do Estado é garantir o domínio de classe.
Isso ocorre por sua origem. Nascido dos conflitos de classe, o Estado tornou-se a instituição controlada pela classe mais poderosa, a classe dominante. Assim. 

“na maior parte dos Estados históricos, os direitos concedidos aos cidadãos são regulados de acordo com as posses dos referidos cidadãos, pelo que se evidencia ser o Estado um organismo para a proteção dos que possuem contra os que não possuem”.
ENGELS, Friedrich. A origem da família, da propriedade privada e do Estado, p.194


O Estado e a formação dos indivíduos

Para Michel Foucault, filósofo francês do século XX, o estado empenha-se através das múltiplas instituições existentes no seu interior, originadas na modernidade, sobretudo, a partir do final do século XVIII, tais como as escolas, as polícias e as indústrias, a formar individualidades de acordo com as suas pretensões. Estas instituições teriam, assim, a função de moldar os indivíduos de acordo com os interesses do poder, formando, assim, sujeitos domesticados. Com isto, Foucault conclui que o ideal dessas instituições é VIGIAR E PUNIR os indivíduos cuja conduta se desvie do ideal de indivíduo desejado. Pensemos, por exemplo, nas disciplinas de horários, dias, hierarquias e punições, comuns a escola, a polícia e às indústrias. Tendo os corpos controlados por meio dessas práticas institucionais, o Estado garante a não perversão dos ideais almejados pela elite governante.



Atividade de Filosofia

INSTRUÇÃO:  para responder as questões, clique em "Postar um Comentário" e selecione em "Comentar como" a opção "Anônimo" e depois clique em "Publicar"

 

1- Explique o que é política.

2- Explique o que é poder natural. Cite exemplo ao explicar.

3- Explique o que é poder social. Cite exemplo ao explicar.

4- Explique o que é Poder ideológico.

5- Explique o que é poder econômico.

6- Qual a função do Estado de acordo com os liberais?

7- Explique a crítica feita pelos marxismo ao Estado.